Aos 53 anos, o empresário é pai de Victor Meireles, sócio-fundador da incorporadora. Sua paixão por construir casas naquela região seguiu para a próxima geração da família.
O empresário Adelson Sousa é um dos grandes responsáveis pela construção da Nampur, incorporadora dedicada a casas de alto padrão no sul da Bahia. Sua paixão foi passada para o filho Victor, que viria a se tornar sócio-fundador da empresa focada em casas de alto padrão naquela região. “Ele cresceu vendo a gente construir nossas casas. A gente tinha um terreno, depois comprou o do lado. Então, esse terreno aumentou mais… Esses meninos cresceram vendo a casa crescer junto com eles”, resume.
Ele e a mulher, a decoradora Cássia Meireles, começaram a frequentar o sul da Bahia em 1989, após o casamento. Depois que os filhos Victor e Gabriel nasceram, intensificaram as visitas. Para ele, a Bahia é um estado alegre, acolhedor, com uma energia que se sente no ar. “Naquela balsa para atravessar para Arraial D’ajuda, já vira uma chave que te desconecta. Você chega muito rápido e é uma transformação radical de natureza. Uma beleza indescritível, dessa junção de mar único, maravilhoso, de águas lindas e mornas e rios desaguando, entre a mata atlântica e as falésias.”
Em família
Adelson afirma que o fato de uma paixão familiar ter virado negócio é responsabilidade de Victor. O olhar visionário, seu fervor por empreender e evoluir, o convenceu de fazer com que essa paixão se tornasse um negócio quando as duas primeiras casas, vendeu para amigos e investiu na incorporadora. “Não é fácil uma segunda geração pegar esse fervor, fazer e fazer melhor”, explica. “Falo com segurança: sou um excelente empreendedor, mas o Victor vai ser muito melhor do que eu e já está sendo”, narra, dizendo que confia na capacidade dele em fazer e entregar as coisas bem feitas.
Amigos
O gap de comunicação entre o fotógrafo londrino Dean Freeman e Adelson, que não sabe falar inglês, fez da empatia sinônimo de amizade. Em uma época que não tinha o Google Translator, eles se comunicavam por gestos e com o dicionário do lado. “Ele é aquele aquele ‘típico’ gringo caladão e a gente, com essa energia toda, trazia uma inquietude para ele”, lembra. Acabaram se tornando amigos há quase duas décadas e sempre que podem compartilham a paixão pelo destino paradisíaco.
Hobby
Adelson ri ao dizer que seu hobby é empreender. Nem golfe está jogando mais… Tem investido seu tempo em duas coisas que ama: meio ambiente e agronegócio. “Focado em um projeto muito inovador, produzindo grãos em uma região Amazônica chamada de Lavrado, no estado de Roraima. É um bioma desértico gigantesco, com 3 milhões de hectares. “É possível produzir na região sem derrubar nenhuma árvore”, conta. Outro projeto que está debruçado é o de preservação de florestas, também na região Amazônica a fim de produzir em áreas degradadas. Em São Paulo, outro projeto dedicado ao setor imobiliário e foco ambiental está na fase de licenças ambientais: ecossistema de inovação e tecnologia, preservando mais de 1 milhão de metros quadrados de Mata Atlântica.
Trajetória
Nascido no interior paulista, em Álvares Machado (cidade no oeste do Estado, próximo de Presidente Prudente), Adelson sempre esteve ligado à inovação e à tecnologia. De origem humilde, começou sua trajetória como catador em ferro velho, passou por diferentes empregos até que foi trabalhar no Banco de Crédito Nacional (BCN), no fim da adolescência. Quando não conseguiu conciliar o atletismo e o trabalho, se arriscou profissionalmente como empreendedor criativo. Foi vendedor, depois viveu no garimpo, no Rio Madeira (na bacia do rio Amazonas), nos anos 1980, foi dono de uma distribuidora de alhos e, de forma independente e autodidata, começou a montar computadores.
Com essa expertise, trouxe para o Brasil a revista Byte, bíblia de informática à época. Em 1997, vendeu o título para a editora Globo e, naquele mesmo ano, fundou a IT Mídia – um dos principais grupos de comunicação B2B do setor de Tecnologia do País. Com mais de 20 anos, e inúmeros eventos proprietários, Adelson está levando seus fóruns para Trancoso. “Ano passado e esse aconteceram digitalmente. A partir do ano que vem, a gente volta a fazê-los de forma presencial”, pontua.
